sexta-feira, 7 de maio de 2010

mãe profissão triunfante

Mãe - Profissão triunfante
Uma mulher chamada Anne foi renovar a sua carteira de motorista.

Pediram-lhe para informar qual era a sua profissão. Ela hesitou, sem
saber bem como se classificar.

-- O que eu pergunto é se tem um trabalho, insistiu o funcionário.

-- Claro que tenho um trabalho, exclamou Anne. Sou mãe.

-- Nós não consideramos 'mãe' um trabalho. Vou colocar Dona de casa,
disse o funcionário friamente.

Não voltei a lembrar-me desta história até o dia em que me encontrei
em situação idêntica.

A pessoa que me atendeu era obviamente uma funcionária de carreira,
segura, eficiente, dona de um título sonante.

-- Qual é a sua ocupação? perguntou.

Não sei o que me fez dizer isto; as palavras simplesmente saltaram-me
da boca para fora:

-- Sou Doutora em Desenvolvimento Infantil e em Relações Humanas.

A funcionária fez uma pausa, a caneta de tinta permanente a apontar
para o ar, e olhou-me como quem diz que não ouviu bem.

Eu repeti pausadamente, enfatizando as palavras mais significativas.

Então reparei, maravilhada, como ela ia escrevendo, com tinta preta,
no questionário oficial.

-- Posso perguntar, disse-me ela com novo interesse, o que faz exatamente?

Calmamente, sem qualquer traço de agitação na voz, ouvi-me responder:

-- Desenvolvo um programa a longo prazo (qualquer mãe faz isso), em
laboratório e no campo experimental

(normalmente eu teria dito dentro e fora de casa). Sou responsável por
uma equipe (minha família), e já recebi quatro projetos (todas
meninas).

Trabalho em regime de dedicação exclusiva (alguma mulher discorda???),
o grau de exigência é a nível de 14 horas por dia (para não dizer
24...).

Houve um crescente tom de respeito na voz da funcionária que acabou de
preencher o formulário, se levantou, e pessoalmente me abriu a porta.

Quando cheguei em casa, com o título da minha carreira erguido, fui
recebida pela minha equipe - uma com 13 anos, outra com 7 e outra com
3.

Do andar de cima, pude ouvir o meu novo experimento (uma bebé de seis
meses), testando uma nova tonalidade de voz.

Senti-me triunfante!

Maternidade... que carreira gloriosa!

Assim, as avós deviam ser chamadas Doutora- Senior em Desenvolvimento
Infantil e em Relações Humanas, as bisavós:

Doutora-Executiva-Senior e as tias: Doutora-Assistente.

Autor desconhecido


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