quinta-feira, 8 de abril de 2010

como ajudar a pessoa com depressao

Entendendo a depressão...e o seu impacto nos relacionamentos

  A depressão atinge toda a família...Todo indivíduo experimenta
sentimentos tristes ou melancólicos pelo menos uma única vez – o que é
normal em algum momento da vida. A tristeza ou os sentimentos
negativos, que tornam o dia-o-dia mais difícil, podem representar uma
doença chamada depressão.

A depressão pode causar sofrimento real tanto para o indivíduo afetado
quanto para todos os membros de sua família e outros entes queridos.
Quando alguém está deprimido pode achar difícil ir para o trabalho,
realizar as tarefas diárias e até mesmo sair da cama. Algumas vezes, o
indivíduo deprimido também acha difícil  dar o primeiro passo em busca
de ajuda. Freqüentemente, as pessoas que amam o indivíduo que sofre de
depressão são "vítimas ocultas", pois o impacto da doença em suas
vidas é esquecido ou subestimado. As pessoas deprimidas podem
apresentar sentimentos de frustração, culpa e raiva em relação às
pessoas amadas, que podem magoar-se com os problemas do indivíduo
deprimido ou Ter dificuldades em entender sua causa. Estes sentimentos
são normais, mas existem formas saudáveis de lidar com eles.
Felizmente a depressão é uma condição médica tratável e conhecer bem
esta desordem e seu tratamento irá ajudá-lo.

Este texto apresenta verdades sobre a doença, assim como sugestões
práticas que poderão ajudar toda a família a lidar com as suas
conseqüências.

QUAL A IMPORTÂNCIA DO RELACIONAMENTO FAMILIAR NA DEPRESSÃO?

 O apoio dos familiares (incluindo cônjuges) é vital para o controle
diário desta doença.

RECONHECENDO A DEPRESSÃO...OS SINTOMAS PODEM SER, ALGUMAS VEZES, SURPREENDENTES

 A depressão afeta o humor do indivíduo, a sua  forma de ver o mundo e
até mesmo algumas funções do corpo, como o sono e a alimentação ou o
vigor. A pessoa deprimida quase sempre está triste ou preocupada e
geralmente está ansiosa ou irritada. Muitas pessoas com depressão
também apresentam a auto-estima diminuída e pensamentos negativos (em
outras palavras, geralmente pensam "Não posso fazer isto" ou "isto não
vai dar certo").

A depressão apresenta muitos sintomas diferentes – alguns são fáceis
de reconhecer e outros, mais difíceis. O primeiro sinal de depressão
geralmente é uma mudança no comportamento habitual – por exemplo, a
pessoa pode tornar-se irritada e começar a apresentar problemas com o
sono ou apetite. Os sintomas comuns de depressão incluem:

-      sentimentos tristes e melancólicos

-          perda do interesse por atividades consideradas agradáveis
anteriormente (como sexo ou outras atividades)

-          perda do apetite e peso (ou, algumas vezes, ganho de peso)

-          dificuldade para dormir ou excesso de sono

-          agitação ou retardo psicomotor

-          sentimento de cansaço ou indisposição

-          sentimentos de inferioridade ou culpa

-          dificuldade de concentração, organização do pensamento,
memória ou para tomar decisões

-          pensamento de morte ou suicídio

QUEM É AFETADO PELA DEPRESSÃO?

 A depressão afeta todos os tipos de pessoas. Certos grupos de pessoas
podem ser mais predispostos à depressão do que outros. Por exemplo, as
mulheres são mais predispostas do que os homens aos sintomas da
depressão. As crianças e os adolescentes também podem sofrer desta
doença. Os sintomas da depressão em adolescentes são semelhantes
àqueles dos adultos, mas também podem incluir comportamentos
inadequados ou fracasso no desempenho escolar. Aproximadamente 18
milhões de pessoas por ano sofrem de alguma forma de depressão e
muitas sentem os efeitos da depressão na família. Felizmente, para a
maioria da depressão na família. Felizmente, para a maioria das
pessoas, o tratamento pode diminuir a gravidade e a extensão dos
episódios depressivos.

CAUSAS DA DEPRESSÃO

Nenhum fator isolado causa a depressão. Certos acontecimentos da vida,
como por exemplo, um divórcio ou a perda de um ente querido, podem
desencadear os sintomas depressivos. Entretanto, algumas pessoas
tornam-se deprimidas mesmo quando tudo em suas vidas está indo bem. A
tendência  a se tornar deprimido pode ocorrer em família e parece ser
um fator genético (herdado) em muitos casos de depressão. Por exemplo,
se um dos gêmeos idênticos apresentar transtorno depressivo maior,
haverá, aproximadamente, 50% de chance de o outro apresentar sintomas
de depressão ao longo de sua vida. Além disso, os filhos, pais e
irmãos de um indivíduo com transtorno depressivo maior apresentam duas
ou três vezes mais chance de desenvolver este tipo de depressão do que
parentes de primeiro grau sem esta doença na família.

 As causas orgânicas podem contribuir para o desenvolvimento da
depressão e acredita-se que os sintomas também possam ser
desencadeados por um desequilíbrio ou bloqueio de substâncias químicas
importantes (chamadas neurotransmissores – estes incluem a serotonina
e a noradrenalina) ou dos sinais que elas carregam até o cérebro.
Atualmente, muitos dos medicamentos antidepressivos funcionam
regulando o nível destes neurotransmissores. Outras doenças, o uso de
certas drogas ou o abuso de bebidas alcoólicas podem contribuir para o
desenvolvimento da depressão.

 As causas da depressão são individuais. Portanto, é importante para
toda a família entender que a depressão não é "culpa" do indivíduo e
que simplesmente "tentar muito" não resolverá o problema. Qualquer que
seja a causa, a maioria das pessoas tratadas de depressão começa a se
sentir melhor em algumas semanas. A depressão não é causada por
fraqueza da pessoa ou perda de controle – é uma doença que precisa ser
tratada.

EXISTE MAIS DE UM TIPO DE DEPRESSÃO?

Sim. O transtorno depressivo maior envolve a perda do interesse pelas
coisas que eram prazerosas anteriormente, ou sentimento pelas coisas
que eram prazerosas anteriormente, ou sentimento de tristeza,
melancolia, além de, pelo menos, um dos seguintes sintomas: perda ou
ganho de peso; insônia ou excesso de sono; agitação ou retardo
psicomotor; sensação de cansaço ou indisposição; sentimento de
inferioridade; distúrbios de concentração; pensamentos suicidas.

Algumas pessoas apresentam um tipo diferente de transtorno do humor
conhecido como transtorno bipolar ou psicose maníaco-depressiva. As
pessoas com esta doença apresentam um ou mais episódios maníacos
(humor anormal ou persistentemente elevado, expansivo ou irritado,
além de outros sintomas), que podem ser acompanhados de um episódio
depressivo maior.

Existem tratamentos eficazes para os transtornos do humor. Um
profissional da área de saúde será a pessoa mais indicada para rever
todas as opções disponíveis e decidir sobre o tratamento mais
adequado. O programa de tratamento poderá incluir um médico se for
considerada a possibilidade de uso de alguma medicação.

A IMPORTÂNCIA DO TRATAMENTO

 A boa notícia é que a depressão responde bem ao tratamento. Hoje em
dia existem muitas opções de tratamento eficazes e a maioria das
pessoas deprimidas pode esperar sentir-se bem melhor como resultado do
tratamento. Geralmente, o objetivo da terapia medicamentosa é
controlar os sintomas e tratar a doença , permitindo que o indivíduo
se sinta melhor e volte a ter uma vida normal. A psicoterapia pode ser
usada para que o indivíduo e a família aprendam novos comportamentos e
estratégias para lidar com a depressão. Pode ajudar também a reduzir e
a tratar os sintomas, discutindo-se os problemas e as emoções. O
tratamento ideal varia de pessoa para pessoa; cada caso deverá ser
avaliado individualmente.

QUANTO TEMPO LEVA A MELHORA DA DEPRESSÃO?

 Muitas pessoas apresentam melhora dos sintomas em 3 a 4 semanas após
o início. No entanto, é importante perceber que a recuperação da
depressão nem sempre é um caminho suave – em outras palavras, a pessoa
deprimida provavelmente terá dias "bons" e "ruins", mesmo após a
diminuição dos sintomas.

A depressão poderá ser, também, uma doença recorrente. Os estudos
demonstraram, no entanto, que a manutenção do tratamento médico pode
evitar o retorno dos sintomas (recidiva ou recorrência). O tratamento
pode, também, melhorar as chances de uma pessoa sentir-se bem. Os
tratamentos para a depressão incluem medicamento, psicoterapia ou
combinação de ambos. Os medicamentos utilizados no tratamento da
depressão são chamados de antidepressivos. Existem vários tipos de
antidepressivos e cada qual funciona de forma diferente um do outro. É
importante para os membros da família estarem cientes de que pode
demorar algum tempo para se perceber que o medicamento está resolvendo
– seja paciente e lembre que um tratamento eficaz pode trazer grandes
benefícios.

Os medicamentos antidepressivos podem ajudar a normalizar os
desequilíbrios químicos que estão, algumas vezes, associados à
depressão. Como dito anteriormente, acredita-se que estas drogas
funcionem regulando o nível de determinadas substâncias químicas
(neurotransmissores), que liberam sinais  no cérebro. Existem vários
medicamentos antidepressivos. Os mais antigos incluem os
antidepressivos tricíclicos e os inibidores da monoaminoxidade
(IMAOs).

 Durante os últimos anos, novos medicamentos foram introduzidos. Estes
incluem os inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS) e
agentes mais modernos como os inibidores da recaptação de serotonina e
noradrenalina (ISRN). Como são muito eficazes e bem tolerados, são
comumente utilizados no tratamento da depressão. O médico poderá
fornecer mais informações sobre medicamentos antidepressivos.

QUAIS SÃO OS EFEITOS ADVERSOS QUE PODEM OCORRER DURANTE O TRATAMENTO
COM ANTIDEPRESSIVOS?

Os medicamentos antidepressivos IMAOs e tricíclicos podem causar
sonolência, secura na boca, ganho de peso, visão turva, constipação e
tonturas, assim como outros efeitos adversos. IMAOs também podem
causar reação adversa grave como elevação da pressão arterial quando
ingeridos com determinados alimentos. As  pessoas que tomam IMAOs
devem ser cuidadosamente acompanhadas pelo médico.

Em algumas pessoas, os antidepressivos mais modernos podem causar
náusea, diarréia, tremores, insônia e outros efeitos adversos. Muitos
destes efeitos desaparecem ou diminuem ao longo do tempo. De um modo
geral, esses medicamentos são bem tolerados pela maioria das pessoas.

Quando os efeitos adversos ocorrem, é importante informar ao médico.
Geralmente um simples ajuste na dose ou a administração com (ou sem)
alimento pode eliminar o problema. Como membro da família, é
importante apoiar o indivíduo deprimido que está apresentando efeitos
adversos, encorajando-o a avisar ao médico.

 Como mencionado anteriormente, a psicoterapia pode ajudar a reduzir
os sintomas e tratar a depressão. Durante o aconselhamento, o
terapeuta e o paciente podem discutir experiências, relacionamentos,
situações, sentimentos e percepções que são importantes para o
paciente. Isto pode ajudar a esclarecer o que está causando os
problemas. Já que a depressão causa impacto também sobre os demais
membros da família, algumas vezes é útil discutir esta opção com o
médico.

QUANDO ESTOU DEPRIMIDO,  COMO POSSO FALAR SOBRE MEUS PROBLEMAS?

O estigma associado aos sintomas de depressão impede que as pessoas
procurem ajuda – mas, como demonstrado neste folheto, existem vários
tratamentos eficazes. Por isso, é importante procurar um médico,
psicólogo ou outro profissional da saúde com o qual se sinta à
vontade. Você poderá necessitar discutir suas emoções, já que a
depressão pode afetar todos os aspectos da vida sexual dos casais.
Encontrar uma solução é importante! É a sua vida e a sua saúde! A
educação e a conscientização ajudarão a lidar com a depressão.

COMO MEMBRO DA FAMÍLIA, COMO PODEREI AJUDAR?

 Uma coisa importante que um membro da família pode  fazer é fornecer
apoio ao indivíduo deprimido. É natural esperar que os sintomas da
depressão se resolvam imediatamente, mas é necessário reconhecer que o
paciente irá progredir por conta própria. Tente não chamar a atenção
do paciente deprimido para seus desapontamentos e evite pressionar o
paciente a "encorajar-se".

 Lembre-se que o primeiro tratamento poderá não ser  a  melhor
resposta para a depressão e que o processo de recuperação poderá levar
algum tempo. Encoraje o paciente com depressão.  Considere futuras
consultas com o médico ou até mesmo ouça uma Segunda opinião se os
sintomas não se modificarem ou piorarem. Algumas pessoas devem tentar
mais de um tratamento com mais de um profissional antes de encontrar o
profissional adequado e o tratamento ideal.

 A falta de esperança é comum na depressão e pode fazer com que o
indivíduo deprimido pense que não há benefício em procurar um médico
ou em tomar um medicamento. Ajude a pessoa deprimida a seguir as
orientações do médico.

 Finalmente, tente ser sensível. Trate a pessoa deprimida normalmente,
mas não esconda que algo está errado. Geralmente, ela prefere que seu
quadro não seja negado.

 Lembre-se: procurar ajuda é sinal de força – e é a primeira etapa
para se sentir melhor. Reconheça que a melhora sintomática é uma etapa
em direção a um objetivo maior – resolver os problemas relacionados ao
episódio depressivo, melhorar relacionamentos e mudar os aspectos que
conduziram ao quadro ou que são resultado da depressão. Este processo
leva tempo, mas pode conduzir a uma vida saudável e feliz.

COMO A DEPRESSÃO AFETA O COMPORTAMENTO E OS RELACIONAMENTOS

Geralmente, a depressão está relacionada com uma mudança no
comportamento. Os indivíduos deprimidos relatam que é mais difícil
interagir com os demais. Estudos demonstraram que as pessoas
deprimidas olham menos nos olhos, falam mais devagar e suavemente.
Também falam com monotonia. Seu discurso pode ser dominado por
pensamentos negativos, incluindo tristeza e falta de esperança.

A depressão também pode causar impacto nas relações familiares. Por
exemplo, a doença geralmente é acompanhada por aumento das queixas
conjugais. Esposos (as) com sues companheiros (as). De um modo geral,
as interações entre pessoas deprimidas e seus cônjuges são
caracterizadas por agressividade acima do normal.

 Problemas conjugais parecem ter grande influência na evolução da
depressão; no entanto, a boa nova é que o apoio conjugal pode
proporcionar uma melhora  mais rápida e duradoura dos sintomas
depressivos. De maneira semelhante, o apoio e a participação dos
membros da família podem fazer grande diferença na diminuição dos
sintomas da depressão. O tratamento conjunto pode ajudar os membros da
família a lidar com seus sentimentos e reforçar o relacionamento.

 A depressão também pode afetar a interação entre pais e filhos. As
pesquisas mostram que pais deprimidos interagem mais dificilmente com
seus filhos e podem dedicar menos tempos para eles. O impacto da
depressão pode Ter efeitos a longo prazo na psicologia e no bem-estar
das crianças.

SAIBA RECONHECER COMO O HUMOR AFETA OS RELACIONAMENTOS

 Os estudos mostram que o envolvimento e o apoio da família podem
fazer diferença significante na evolução da doença. Quando apropriado,
incentive toda a família a se envolver no processo de recuperação e,
se possível, recorra ao apoio de amigos, caso os familiares não
estejam disponíveis. Algumas famílias se beneficiam da participação em
terapias de grupos familiares. O trabalho com a ajuda de um
conselheiro pode também ajudar casais e famílias a estabelecerem uma
estratégia de comunicação e maneiras mais adequadas de lidar com a
depressão em casa. Um grupo de apoio para pessoas com depressão e suas
famílias também pode fornecer informações e incentivo por parte de
outros que tenham experiências semelhantes.

MOSTRANDO-SE SENSÍVEL AO RISCO DE SUÍCIDIO

As pessoas com depressão estão sob risco potencial de  suicídio. Se um
membro da família com depressão expressar pensamentos suicidas, chame
seu psiquiatra imediatamente. Não entre em pânico nesta situação, não
subestime ou espere a crise passar. Mantenha os canais de comunicação
abertos, fazendo perguntas diretas e que expressem preocupação. Deixe
a pessoa deprimida saber que a sua vida é muito importante e valiosa.
Lembre-a  de que estes pensamentos suicidas são sintomas de uma doença
e que tratamentos eficazes estão disponíveis.

Quando não for possível evitar o pensamento suicida, remova armas,
álcool e medicamentos desnecessários da casa. Tente não determinar
culpados se o indivíduo tentar suicídio. Seus sentimentos são sintomas
de uma doença. É uma boa idéia para todos os membros da família
procurar ajuda em razão do trauma de se ter um membro da família com
tendência suicida.

ESTABELECENDO ESTRATÉGIAS PARA TODA A FAMÍLIA

Quando uma pessoa querida está sofrendo de depressão, uma das melhores
maneiras de lidar com a doença é preparar-se para ela. E isto
significa entender a doença e seus efeitos, para ajudar a entender o
que está acontecendo e desenvolver estratégias. A seguinte lista de
"faça" e "não faça" oferece um ponto de partida. Lembre-se, nem toda
sugestão pode ser adaptada para se enquadrar em necessidades
singulares. Pode ser útil discutir estas sugestões com um profissional
da área de saúde – médico da família, terapeuta – pois este pode
oferecer sugestões mais específicas ou mostrar maneiras de começar
usando idéias a partir de um comportamento familiar específico.

FAÇA

·         Esteja atento aos hábitos do sono. Sono aumentado ou
diminuído pode ser um sintoma de depressão; etapas simples podem
promover bons hábitos de sono.

              - Estabeleça um horário para ir para a cama e para se
levantar pela manhã.

              - Reduza ou elimine a ingestão de cafeína (café,
refrigerantes a base de cola ou chá)

              - Durma em ambiente arejado

              - Evite exercícios cansativos antes de ir para a cama

              - Use a cama apenas para dormir ou para suas atividades
sexuais (nunca assistir à tv, ler ou trabalhar)

●      Tente escolher um estilo de vida saudável, sempre que possível
(isto ajuda o indivíduo com depressão e os membros da família a
lidarem com a doença)

               - Evite a ingestão de álcool

               - Pratique exercícios regularmente (lembre-se de
consultar um médico antes de iniciar qualquer  programa de exercícios

               - Fique atento à ingestão de alimentos. Muitas pessoas
com depressão apresentam apetite diminuído nestes casos, nutrição
adequada é fundamental. Outras pessoas apresentarão atração por
chocolates ou doces em geral, mas isto só ajudará a aumentar o
sentimento de culpa

●       Saiba que a pessoa está doente e que o tratamento é uma prioridade

 ●      Reconheça que os sintomas da depressão podem alterar o
comportamento do indivíduo – e, devido ao fato de ser depressão uma
doença, o indivíduo pode não ter controle sobre o seu comportamento
quando o diagnóstico tiver sido feito. Sabemos que uma pessoa com a
perna quebrada ainda sentirá dor e dificuldade para caminhar após as
radiografias terem mostrado a causa; por isso, devemos nos lembrar
que, mesmo feito o diagnóstico, a pessoa ainda poderá sentir-se mal.

●       Fique atento, pois o deprimido tem uma visão negativa de tudo.
A tendência de ver tudo de maneira ruim ou pessimista pode fazer
parte do quadro depressivo. Os membros da família devem entender e
tentar encontrar meios de lidar com a decepção que ocorrerá, pelo
menos, uma vez.

●       Reconheça que os membros da família podem necessitar
ajustar-se às responsabilidades. Como a depressão reduz a capacidade
de o indivíduo trabalhar em casa, os membros da família podem Ter
dificuldade para se ajustar a isso. Às vezes, pode ser útil relaxar um
pouco as tarefas domésticas ou mesmo preparar comidas mais simples. O
(A) companheiro (a) ou os filhos podem ajudar a realizar algumas
tarefas em casa.

●       Reconheça que os familiares também estarão passando por um
período estressante. Os membros da família não devem se surpreender
quando se sentirem mais cansados ou impacientes, já que a depressão na
família é acompanhada de um aumento no nível de stress. O mais
importante é manter sua rotina normalmente e dedicar tempo para si
próprios.

●       Discuta o progresso e os efeitos do tratamento abertamente com
o médico.

E AS CRIANÇAS?

As crianças são muito sensíveis ás maneiras pela quais os pais se
relacionam entre si e geralmente percebem quando alguma coisa está
errada. Além disso, a maioria das crianças tem imaginação ativa e
imagina que a situação é pior do que realmente o é, ou pensa que a
depressão é sua culpa. A pessoa deprimida deve considerar o fato de
conversar diretamente com a criança sobre a doença, ou deixar isto por
conta de um amigo ou familiar querido, se julgar mais adequado. A
idade e maturidade da criança decedirão o quanto contar.

NÃO FAÇA

-          NÃO exclua a pessoa deprimida dos problemas ou discussões familiares

-          NÃO tente fazer tudo para a pessoa com depressão, mesmo que
isto pareça ser a melhor forma de ajudar. O indivíduo com depressão
pode se sentir incapaz de realizar as tarefas e aceitar algumas
responsabilidades poderá aumentar a sua auto-estima. Evite dizer: "Não
faça isto, deixe que eu faça", especialmente quando o indivíduo
deprimido já iniciou a tarefa. Tente, pelo menos, dar-lhe a chance de
terminar a tarefa

-          NÃO critique ou repreenda o indivíduo pelo seu
comportamento deprimido

-          NÃO espere que a pessoa simplesmente "saia da situação"

-          NÃO tenha medo de fazer perguntas. Muitas pessoas
deprimidas precisam aprender a procurar e a aceitar ajuda externa pela
primeira vez em suas vidas. Um médico, hospital, grupos de apoio, são
recursos adequados para ajuda aos pacientes deprimidos

-          NÃO tome decisões importantes em sua vidas (casamento,
divórcio, mudança de emprego ou de residência) durante uma crise
depressiva; se for possível, evite-as.

MÉTODOS CONSTRUTIVOS PARA ENFRENTAR A DEPRESSÃO

-          Aumente o tempo dedicado à pessoa querida realizando
atividades agradáveis. Tente fazer uma lista de pequenas ações que
poderão ser realizadas durante o dia para demonstrar sentimentos
positivos de carinho. Por exemplo, diga "obrigado" quando uma
atividade for concluída ou "isto realmente está muito bom" quando algo
estiver bem feito.

-          Faça um esforço para ouvir. Resuma o que a outra pessoa
disse para certificar-se de que entendeu e faça perguntas claramente.
Um médico ou terapeuta poderá  ajudar as famílias a praticar e
aperfeiçoar estas tarefas.

-          Faça um esforço para tentar resolver os problemas em
conjunto. Lembre-se que soluções vitoriosas em conjunto são melhores
do que aquelas nas quais um membro da família "deixa escapar" algo que
ele ou ela deseja. As etapas para resolver os problemas podem incluir
sua definição, a exposição das soluções e a avaliação de sua adequação
às necessidades.

-          Tenha o hábito de expressar carinho e preocupação pelos
membros da família; sinta-se à vontade para elogiar e observar o que
os entes queridos têm de "bom".

BUSCANDO AJUDA E APOIO

Lidar com a depressão na família pode ser um grande desafio...mas pode
também representar uma oportunidade de aproximação para aqueles que se
amam e maior entendimento de suas vitórias e fraquezas. Quando um
casal ou família trabalham em conjunto para eliminar momentos
difíceis, todos se beneficiam. No caminho para a recuperação, o apoio
e a ajuda de outras pessoas (que não familiares) podem ser de grande
valor.


Dr. Jeffrey E. Kelsey

Revisado por:

Ian H. Gotlib, Ph.D.
Professor do Departamento de Psicologia da Universidade de Stanford
Stanford, Califórnia

Jeffrey E. Kelsey, M.D., Ph.D.
Professor do Departamento de Psiquiatria e Ciência do Comportamento
Escola de Medicina da Universidade de Emory
Atlanta, Geórgia

Susan Panico
Diretora-Executiva, Associação Nacional de Depressão e Psicose
Maníaco-Depressiva
Chicago, Ilinois
 Fonte: farmacêutico virtual


16 comentários:

Unknown disse...

muito bom, muitas vezes passamos por determinados problemas e nem suspeitamos que pode ser uma doença!

Jaque disse...

Adorei essa postagem!
Já´passei por isso e sei bem como é, vc pensar que está só, mas graças a Deus e a uma profissional me recuperei.

Anônimo disse...

Foi uma matéria bastante instrutiva. Obrigada

jose carlos (sorocaba) disse...

Parabéns luciano pela meteria, eu como outros leitores precisamos dessa e outras aulas como essas p/ que possamos procurar profissionais da saúde p/ possíveis tratamentos.

fiquem todos com a paz do Senhor Jesus Cristo!

Unknown disse...

Oi Luciano, gostei muito da matéria, embora no meu caso, a doênça já vai completar um ano e os sintomas ainda são bem claros, as recaídas muito frequentes... faço terapia, tomo dúzias de remédios, mas, ainda assim me sinto péssima, às vezes, ontem mesmo, foi um desses dias. Chorei muito, briguei com Deus... Falei umas coisas bem duras pra Ele, nem sei se terei perdão, mas, não sei se isso realmente importa; a única coisa da qual tenho certeza, é de que gostaria de morrer, não suicídio, sou contra e não tenho coragem, mas pedi à Deus para me levar embora daqui e nem isso Ele fez....

Anônimo disse...

Muito bom o texto! Explica detalhadamente o que e a depressão.

Anônimo disse...

toda depressão tem uma causa e uma origem, quando se descobre isto fica mas facil o tratamento, tambem a musica tem um importante papel no tratamento de pessoas depressivas

Anônimo disse...

É verdade. Obrigada. Sou alérgica e tenho sindrome de fibromialgia (com doença musculo esqueletica diagnosticada em exame). Tomo remedios para pressão alta, entidepressivos e sedativos.Tudo o que voce falou, falou muito bem, com autoridade. Parabéns. Maria Inês

Anônimo disse...

ADOREI A MATÉRIA.TENHO UM AMIGO QUE ESTÁ ENTRANDO NESTE QUADRO DEPRESSIVO,E NÃO SEI COMO AJUDA-LO.ME PREOCUPO COM ELE.
ME AJUDEM!!!!

Raíza disse...

adoreeei o post ;]

Anônimo disse...

já passei por depressão, não comia, não tinha vontade de ver o dia, e nem sede sentia,tive o apoio de minha mulher e meus filhos, porque eu já nem ia para o trabalho, um dia pedi ao espirito santo que me livrasse daquilo.
as vezes ainda sinto vontade de ficar só, mas logo procuro me alegrar para fugir disso, acho que estou quase curado.
beijo no coração de todos e que deus abencoe a todos

Anônimo disse...

Fiz uma pergunta, "Como posso ajudar uma pessoa com depressão?" e a resposta veio neste blog, fiquei muito feliz era tudo que precisava neste instante, Obrigada mesmo e parabéns, tudo que está escrito é exatamente o que estamos passando e foi muito esclarecedor. Mais uma vez obrigada Abraços , Edilene.

Anônimo disse...

Obrigado por me dar este presente,estou passando por esse problema com o meu filho,veio da marinha onde servia no Rio de janeiro com um quadro depressivo ainda não sei o que aconteceu lá,pois ele não fala.Só sei de uma coisa,meu filho vai ser curado pelo espirito santo,pois tenho fé em jesus cristo,só ele cura.

Anônimo disse...

Agradeço muito por esta matéria. Meu esposo está com depressão e eu já não sei mais o que faço. Ele nem demonstra mais amor por mim graças a essa doença. Mas essa matéria foi muito elucidativa para mim. Obrigada.

Anônimo disse...

Muito bom, gostei. Pra quem está passando por isso, ou quem está perto de uma pessoa com depressão sabe o quanto é difícil. Chega uma hora que realmente não sabemos mais o que fazer. É bom sabermos com agir em alguns momentos. Obrigada!

paulo disse...

olha preciso de ajuda minha namorada mora com os tios de favor mas é muito umilhada ela n pode morar com o pai por causa que ele é muito ruim para ela e ainda mais para isso ela teria que me largar que ele mora em outra cidade a mae dela tem problemas mentais entao tambem nao da mas outra tambem mora em outra cidade a tia dela que é a causadora de problemas ja fez de tudo pra gente terminar mas a jente se ama nao da a tia dela faz dela como escrava ela fica por conta de fazer tudo em casa limpar,passar,cosinhar e ainda mais olhar os filhos da tia dela ela so tem 16 anos e ainda tem que ter tempo pra escola ja falei no caso dela vir morar aki em casa mas ninguem da familha dela aceita to cansado disso de ver ela sofrer gostaria de uma ideia do que possa tar fazendo a respeito c existe alguma lei que possa tar ajudando tenho 19 anos e me chamo paulo me ajudem por favor

Postar um comentário

Obrigado pelo comentário. Volte sempre!