quarta-feira, 1 de julho de 2009

A arte da roda ao chip



A arte da roda ao chip
Por: Antonio Pereira (Apon)

Segundo a mitologia, Prometeu roubou dos Deuses o fogo sagrado da inteligência e deu-o aos homens. Esse fogo fez brilhar na alma humana, o sol mágico da arte. O "artista" que da pedra tosca tirou a 1a roda, não sabia que ali se inaugurava uma das maiores revoluções da humanidade; esse mesmo "artista" lançando mão dos elementos da natureza, registra nas paredes das cavernas, as primeiras cenas da dramaturgia humana no grande palco da terra. A arte; que conheceu as trevas do medievo e as cadeias da intolerância, emerge nas luzes da renascença, mostrando ao mundo toda a beleza que o ser humano pode criar. A arte, como um espelho da inquietude humana, faz-se metamorfose ante a metamorfose da História, e num desfile de estilos e técnicas, desembarca no século XX; mostrando que a humanidade que faz as guerras, a escravidão, o egoísmo, a fome, o assassínio da natureza... é a mesma humanidade que: Nos passos de um balet revela toda a leveza do ser, na tela vazia imprime a poesia da imagem, tocando um instrumento desarma o espírito, vestindo as asas da música, nas telas do cinema e nos palcos do teatro, retrata suas misérias e suas virtudes. A arte desconhece fronteiras, línguas, raças ou classes sociais; ela é plural, universal, plena; ela transcende ao tempo que mata o homem mas eterniza sua obra; ela não recua nem mesmo diante da evolução tecnológica, é ela que dá um toque humano à frieza das máquinas, máquinas que sem o fogo da arte, que iluminou o homem da roda tosca ao chip mais poderoso, certamente inexistiriam, como inexistiria o próprio homem que teria sido abortado por sua incapacidade de criar.

Licença Creative Commons
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original: Antonio Pereira (Apon) (Além do nome do autor, cite o link para o site http://aponarte.blogspot.com). Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas.


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigado pelo comentário. Volte sempre!